terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AGRADECIMENTOS


Às nossas famílias e namoradas pela compreensão.

Aos amigos, que mesmo achando loucura, nos apoiaram.

À Kellen por ajudar com as postagens do blog.

Aos motoristas que nos respeitaram e aos que davam uma buzinada de apoio na estrada.

Às pessoas que nos deram água durante a viagem.

Aos cachorros que às vezes nos faziam aumentar a velocidade!!! Uahsuhasuasuhuahs

Às pessoas que leram as postagens do blog.

Aos amigos que fizemos.

Aos policiais militares que nos ajudaram.

Ao Gabriel Paez e Joana Rocha pela hospedagem.

Ao Jerson Fontana e Maristela Marasca pela hospedagem.

Ao Joaquim Fontana, Antoninha e Quico pela hospedagem.

À Brigada Militar que nos hospedou várias vezes.

Ao IPHAN pela autorização.

Às nossas bicicletas que aguentaram bem o tranco.


Último dia de pedal

 22 de dezembro de 2011

            Resolvemos dormir um pouco mais, e voltar para Santiago apenas de tarde. Afinal era o último dia! O Sd. Luciano nos convidou para fazer um almoço, então não recusamos! Tomamos mate e conversamos a manhã inteira.
            Depois do almoço arrumamos todas as coisas, e o céu começou a dar sinais de que não enfrentaríamos uma tarde de sol naquele dia. Já saímos com chuva.


                O Beto maluco pediu pra chegar em Santiago num banhão de chuva! E São Pedro atendeu!




            A estrada não tem acostamento em algumas partes, é estreita e tem muitas subidas, Mas esse não foi o maior problema. Enfrentamos fortes ventos. Estava um temporal muito feio, muita chuva, raios e trovões. O vento não parava nunca, era o tempo todo. Mesmo nas descidas não conseguíamos superar os 10 km/h, e o cansaço foi tomando conta. Fizemos apenas umas 5 paradas rápidas para “banheiro”, e uma para comer, mesmo com chuva. 

Essa foto foi logo na saída. Achávamos que a chuva passaria. Depois bateu o desespero e nem pensamos em parar pra tirar foto!

            Para piorar a situação, na metade do caminho o pneu dianteiro da minha bike furou! Paramos e enchi bem ele e seguimos viagem, agüentou 10 km e tivemos que encher novamente. Com o pneu murcho, o esforço pra pedalar é triplicado. Foram 3 paradas para encher. Estava crítica a nossa situação.

            Os motoristas que passavam por nós deviam ficar apavorados! Pedalar abaixo de mau tempo é pra os fortes mesmo! Mas a cada placa da quilometragem que passávamos, era como um obstáculo vencido. O medo aos poucos foi dando lugar a um sentimento de felicidade!



            Há 2 km do trevo de Santiago, o pneu traseiro do Beto também furou! Ficamos indignados com a situação! Que sacanagem! Quando ele estava tentando encher pelo menos pra até chegar em casa, notou que o meu traseiro também estava furado! SACANAGEM TRIPLA!!!! Chegamos em Santiago empurrando as bikes, com 3 pneus furados e abaixo de chuva. Foi para passar em todos os testes!


           
            Chegamos em Santiago às 19:30, paramos no trevo e fizemos um vídeo final da cicloviagem, e tiramos a foto oficial da chegada! 




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RESUMO DO DIA:
62,8 km percorridos
50,1 km/h velocidade máxima
Muuuuuito vento contra
Muuuuuuita chuva
Pernas fadigadas
Muuuuuito medo
3 pneus furados
Muitas orações
Felicidade extrema!
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Que massa, eu também sou bem locão!
Até a próxima!
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9º dia de pedal


21 de dezembro de 2011


            Acordamos às 10h, aproveitamos bem um conforto de uma cama, de um quarto, de um ventilador! 

            Fomos visitar as ruínas, ainda faltava muita coisa pra conhecer. Ainda fomos convidados a gravar uma entrevista para a TV Brasil, falando sobre a nossa viagem e sobre o que achávamos do Museu das Missões. Ueeeeeeiii!

            Antes de partir, queríamos tirar uma foto na frente das ruínas com as nossas bicicletas! Mas por vários motivos, é proibida a entrada de pessoas com bicicletas dentro do Sítio Arqueológico. Porém, conseguimos, com muita conversa, uma autorização do IPHAN para poder tirar a foto! Fizeram-nos assinar um documento de 6 páginas com vários impedimentos, chamado de “Termo de cessão não onerosa de uso de espaço e/ou de bens para filmagens ou realização de serviços fotográficos”, que autorizava a entrada com as bikes. Após uma meia hora resolvendo a parte burocrática, enfim pudemos tirar a foto! Na verdade foram umas 15 fotos!!!


  Créditos Institucionais ao IPHAN/RS.

 Créditos Institucionais ao IPHAN/RS.


            Saímos de São Miguel das Missões às 14:30. Tínhamos uns 40 km de estrada de chão até Bossoroca. A estrada, como tinham nos dito, era boa até a divisa dos municípios. Já em Bossoroca a estrada era muito ruim, com muitas pedras. 

             O calor esse dia era terrível também! Não conseguíamos matar a sede bebendo água quente. Então paramos em uma casa, (onde avistamos alguém sentado na frente, pq nessas casas sempre tem muitos cachorros!), pára pedir ÁGUA! O  senhor foi muito atencioso, e nos trouxe 4 litros de água, que foram rapidamente bebidos!



            Chegamos em Bossoroca às 21h, já era noite. Os 40 km se transformaram em 52! Logo na entrada já tivemos a companhia de umas crianças que nos acompanharam com suas bicicletas até a Brigada Militar. As perguntas eram inevitáveis!



            Não havia ninguém na Brigada, esperamos por mais de uma hora e fomos comer numa lancheria na frente. Arrumamos alojamento, tomamos banho e fomos deitar. Combinamos de não lavar as roupas, e voltar para Santiago do jeito que estávamos nessa foto acima!
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Agradecemos ao IPHAN.
Agradecemos ao 14 º BPM Bossoroca pelo alojamento cedido. Em especial ao Sd. Carlos e Sd. Luciano.
Agradecemos humildemente aos litros de água que ganhamos do tio antes de chegar em Bossoroca.
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RESUMO DO DIA:
52,5 km percorridos em estrada de terra
48,1 km/h velocidade máxima
Uma entrevista para a televisão
Muuuuuito pó
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Sítio Arqueológico de São Lourenço Mártir










            O sítio arqueológico de São Lourenço Mártir, foi declarado patrimônio histórico e artístico nacional em 1970. Abriga parte dos remanescentes da antiga redução jesuítica dos Guarani, que foi fundada, em 1690, pelo padre jesuíta Bernardo de La Veja. A população inicial era proveniente da redução de Santa Maria Mayor e atingiu mais de 6.400 habitantes por volta de 1730.


Estruturas metálicas para sustentação






            Como nas demais reduções, a praça central era circundada pelas moradias dos indígenas e dos padres, pelas oficinas, cemitério, colégio, cotiguaçú, cabildo, quinta, adega e igreja. Relatos de cronistas que visitaram o local no início do século 19 se referem à igreja de São Lourenço como uma bela construção, com duas fileiras de colunas de madeira sustentando as naves laterais, cinco altares com ornamentos dourados, uma pia batismal esculpida em arenito e um cruzeiro construído em pedra.







            São Lourenço Mártir permaneceu habitada por famílias indígenas e mestiças até meados do século 19. Hoje, as estruturas remanescentes da igreja, do colégio, do cemitério, da quinta e da adega encontram-se parcialmente encobertas pela vegetação.


Confira o vídeo!


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Sítio Arqueológico São Miguel Arcanjo


            
            O sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo, declarado patrimônio histórico e artístico nacional em 1938, abriga parte dos remanescentes da antiga redução jesuítica dos Guarani e o Museu das Missões.









            Em 1687, indígenas e jesuítas estabeleceram o povoado de São Miguel Arcanjo, depois de duas tentativas anteriores em outros locais. Por volta de 1750, o aldeamento possuía cerca de 6.900 habitantes. Como nas demais reduções, a praça central era circundada pelas moradias dos indígenas e dos padres, pelas oficinas, cemitério, colégio, cotiguaçú, cabildo, quinta, adega e igreja.


 


O Museu das Missões
           



            A igreja de São Miguel Arcanjo, de inspiração barroca, foi construída pelo arquiteto italiano Gian Batista Primoli, a partir de 1735, ocupando a face sul da grande praça da redução. Estruturada em pedra arenito, era rebocada e pintada de branco, e ornamentada em seu interior, por pinturas e esculturas de madeira policromada.




Os detalhes requintados chamam muito a atenção



            A consolidação das ruínas da igreja constituiu a primeira grande obra realizada pelo IPHAN no Brasil, tornando-se referência para a conservação de outros monumentos históricos. O Museu das Missões, projetado pelo arquiteto Lúcio Costa que, poucos anos depois foi autor do Plano Piloto de Brasília, inspirou a criação de museus regionais. Em 1983, o Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Nos anos 1990, passou a ser frequentado pelos Mbyá-Guarani, que o consideram uma sagrada aldeia de pedra, a Tava.


Confira o vídeo!


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sítio Arqueológico de São João Batista





A árvore da erva mate - Ilex paraguaiensis. Chamada de "caá" (erva) pelos guarani, era empregada para prevenir doenças e fadiga. Na guerra e em marchas forçadas, tomavam a infusão de suas folhas para se manterem fortes.




            O sítio arqueológico de São João Batista foi declarado patrimônio nacional em 1970. Abriga parte dos remanescentes da antiga redução jesuítica dos Guarani  fundada em 1697, pelo padre jesuíta Antônio Sepp. A população inicial era proveniente da redução de São Miguel Arcanjo, e possuía mais de 4.500 habitantes por volta de 1730.
            Ao escolher o local, o padre Sepp, em conjunto com caciques guaranis, procurou contar com arroios nas proximidades, caça em abundância e, principalmente, terra de boa qualidade para agricultura e pecuária. Definida a localização, não muito distante das margens do rio Ijuí, derrubaram o mato existente para começar a cultivar milho, trigo e algodão. Começaram também as obras da igreja, das casas dos índios e das demais edificações que compõem o conjunto arquitetônico missioneiro. Somente um ano depois vieram as mulheres e as crianças, totalizando 150 famílias.






            Como nas demais reduções, a praça central era circundada pelas moradias dos indígenas e dos padres, pelas oficinas, cemitério, colégio, cotiguaçú, cabildo, quinta, adega e igreja. Em São João Batista, a igreja começou a ser construída em 1708, e segundo o padre Sepp, era ornamentada com pinturas nas paredes e possuía grande variedade de imagens sacras em madeira.





            Antônio Sepp era um intelectual multitalentoso, revelando-se hábil arquiteto, escultor, urbanista e pintor, e conduzindo com maestria a fabricação, pelos indígenas reunidos nas reduções, de inúmeros instrumentos musicais, arte muito apreciada pelos guarani. Sepp também foi um geólogo e minerador, extraindo o primeiro ferro das Missões (extraído da pedra “itacurú”, abundante na região. ), fundindo com ele instrumentos variados e até os sinos da igreja do seu Povo. Sua obra-prima foi o relógio instalado no campanário da igreja que, ao dar as horas, fazia desfilar pelo mostrador os 12 Apóstolos.



 


             Após a Guerra Guaranítica e a expulsão dos jesuítas, o local permaneceu ocupado até meados do século 19 por poucas famílias indígenas.


            Atualmente o sítio abriga restos da estrutura do cemitério, da igreja e do colégio, além de estruturas complementares como olarias, barragem e estradas. Em todo o sítio podem ser observadas peças esculpidas em pedras grês. Placas interpretativas contam a história a partir dos relatos feitos, na época, em cartas escritas pelos padres.


Confira o vídeo!



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