quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sítio Arqueológico de São Nicolau



Árvores que cresceram no meio das ruínas




        O sítio arqueológico de São Nicolau, declarado patrimônio histórico e artístico nacional em 1970, abriga parte dos remanescentes da antiga redução jesuítica dos Guarani. Fundada pelo padre jesuíta Roque Gonzalez, em 1626, nas proximidades do rio Piratini-Mini, e posteriormente abandonada, devido a ataques de bandeirantes, foi reinstalada pelo padre jesuíta Miguel de Ampuero e um grupo de indígenas, em 1687, em sua atual localização. Por volta de 1730, possuía mais de 7.600 habitantes.

        
Entrada lateral da igreja

Piso cerâmico original da igreja

        Como nas demais reduções, a praça central era circundada pelas moradias dos indígenas e dos padres, pelas oficinas, cemitério, colégio, cotiguaçú, cabildo, quinta, adega e igreja. São Nicolau notabilizou-se pelas oficinas de produção de esculturas em madeira, que eram distribuídas aos demais povos missioneiros. Muitas dessas imagens sacras foram recolhidas pela população local após o declínio das Missões.


Essa árvore ajudou a segurar as pedras por um bom tempo


Depois de morta, permanece sustentada por uma estrutra metálica

            A redução destacou-se por agrupar índios com grandes habilidades artísticas, que produziam pinturas e esculturas em madeira para várias reduções. O Sítio Arqueológico de São Nicolau foi objeto de importantes pesquisas de arqueologia histórica, onde foram evidenciados pisos cerâmicos e fundações dos prédios da antiga redução, que se distribuem sob toda a cidade atual.

         





            A antiga redução foi parcialmente encoberta pelas cidades que se desenvolveu sobre os remanescentes. Das estruturas originais, restaram as ruínas do antigo cabildo e da igreja e parte do piso cerâmico. Na praça Roque Gonzales de Santa Cruz, tem a única adega construída em pedra de arenito que resistiu ao tempo e permanece intacta até os dias de hoje. A adega está localizada no subsolo e foi construída, pelos índios guarani, durante o segundo ciclo de Evangelização Jesuítica no Rio Grande do Sul.


Confira o vídeo!



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