Por que de bike?

            Apresento aqui inúmeras razões que respondem a pergunta acima

            BENEFÍCIOS DO USO DA BICICLETA

            A bicicleta já deixou de ser apenas um objeto de lazer ou esporte. Hoje a cultura da bicicleta tem crescido por todo o mundo e tem se destacado pelas ruas das pequenas e grandes cidades.

            O uso da bicicleta não é apenas um simples meio de transporte e trabalho, e sim uma grande ferramenta de autonomia. Quando você pega um transporte público, além de ficar cercado de uma caixa de ferro, plástico, vidro e petróleo, você não tem autonomia nenhuma em escolher o caminho que seria o melhor. Isso também acontece quando você tira seu carro da garagem e é obrigado a pagar para poder usá-lo, e se não bastasse, seguir por caminhos que vão te dar apenas uma direção.
              Pense na ferramenta que você tem em mãos quando sai de bicicleta, de poder optar por andar em uma via de apenas uma mão por qualquer sentido, de poder atravessar sinais fechados, andar pela calçada, estacionar onde desejar, carregá-la (se for preciso subir uma escada para cortar caminho), parar onde quiser para fotografar, tomar uma água, comer algo ou apenas visualizar a paisagem tão linda que está naquele pôr do sol.

            O uso de bicicleta é mais saudável, é um transporte não poluente que ocupa pouco espaço, que nos dá tempo, bem estar, economia, entre outras coisas que você pode relacionar da diminuição de trabalho, pensando no caso de não ter que sustentar um transporte caro, poluente, e danoso ao planeta.

Usar a bicicleta como meio de transporte, principalmente em grandes centros urbanos, pode parecer uma idéia estranha, até irreal. Coisa de atleta, de gente excêntrica, ou de quem não tem dinheiro para ter um carro. E mesmo quem simpatiza com a idéia não consegue se imaginar fazendo isso: "é legal, mas não é para mim". 

Os benefícios da bicicleta vão muito além do exercício físico.

Economia de dinheiro

Estacionamento, flanelinha, seguro, IPVA, troca de óleo, mecânico, funilaria, retoque na pintura... O custo de um carro é muito maior do que o combustível, que é a conta que geralmente fazemos ao decidir se compensa ir de carro a algum lugar. De bicicleta, tudo isso fica para trás: ela é movida a arroz com feijão e as peças e eventuais reparos têm custo muito baixo, principalmente se comparados com os de um automóvel. O investimento para adquirir o veículo também é incomparavelmente menor, por melhor que seja o modelo escolhido. Além de tudo isso, você ainda pode economizar com a academia. 

Família reunida num passeio de bicicleta

Economia de tempo

De bike, levamos sempre o mesmo tempo do trabalho até em casa, tendo trânsito ou não, com chuva ou sol, em qualquer horário. De carro, o mesmo trajeto chega a levar até o triplo de tempo, principalmente se houver chuva no horário de pico. Os Desafios Intermodais realizados em vários lugares do país comprovam que a bicicleta é bem mais rápida nos horários de pico das grandes cidades que as outras alternativas de deslocamento. E não é só no tempo de trajeto que se economiza: você aproveita seus deslocamentos para malhar e manter-se em forma, substituindo ou complementando o tempo que você gastaria malhando. 

Mais pontualidade

Com a bicicleta, você sabe quanto tempo vai levar para chegar ao seu destino. Você pode ir mais rápido ou mais devagar, dependendo do tempo disponível ou da sua disposição física, mas consegue se programar. Já indo de carro ou transporte público, você nunca sabe ao certo quanto tempo vai levar e precisa sair bem antes do horário se não quiser se atrasar - e ainda corre esse risco mesmo assim. 

Saúde e vida mais saudável

Andar de bicicleta é um ótimo exercício aeróbico e não causa tanto impacto no corpo quanto outros esportes. Pedalar regularmente previne doenças cardíacas, circulatórias, hipertensão, ajuda a controlar o diabetes, aumenta a resistência aeróbica, reduz a obesidade, ativa a musculatura de todo o corpo, diminui a ocorrência de doenças crônicas, faz bem para a saúde do idoso e aumenta o tempo de vida. 

Resultados físicos visíveis

Há aumento de massa muscular, queima de calorias e melhoria da capacidade respiratória. É uma malhação ao ar livre, mais prazerosa e sem a sensação de obrigação que muitas pessoas têm em relação a atividades físicas, quando querem apenas perder peso ou melhorar a aparência. A utilização da bicicleta como meio de transporte não é um compromisso a mais para encaixar na agenda: passa a fazer parte da sua rotina, ocupando um tempo que antes era improdutivo e estressante. 

Menos stress e preocupação
Quando você está dirigindo e o sinal abre e fecha três vezes, permitindo a passagem de meia dúzia de carros, não há como não se estressar. A sensação recorrente de estar preso em um congestionamento sem poder desistir e ir embora, dependendo dos outros para poder sair do lugar e com medo de ser abordado por um assaltante, faz mal até para a saúde. De bicicleta, você sabe quanto tempo vai levar e depende apenas de si mesmo para chegar mais rápido. Pode não parecer, mas chegar atrasado porque "os outros" estavam congestionando o seu caminho é algo que estressa bastante, porque traz consigo a sensação de impotência. Quanto aos assaltos, se você vir uma pessoa com atitude suspeita perto do sinal fechado, estando de carro em meio ao congestionamento você só pode rezar; na bicicleta, há uma visão muito maior do que está em volta, o que permite fugir ao ver alguém com atitude suspeita, evitando um confronto. Além do mais, não há como fazer seqüestro-relâmpago com ciclista. E na pior das hipóteses, poderiam levar sua bicicleta, que costuma ser muito mais barata que o seguro de um carro! 

Mudança no humor

Além da diminuição do stress relacionado ao trânsito, as endorfinas liberadas pelo exercício contribuem para um relaxamento muscular e mental que faz com que você passe a ver a vida com outros olhos. O humor melhora tanto no trabalho como fora dele. Um relacionamento melhor com os colegas de trabalho proporciona um ambiente de mais agradável e produtivo, a cabeça tranquila permite um melhor julgamento em situações críticas. E uma postura mais calma na vida melhora seu relacionamento e torna sua vida mais feliz. 



Respirar um ar menos poluído

Não é só por não gerar poluição que na bicicleta respira-se um ar melhor do que dentro do carro. Ao contrário do que se pensa, o ar dentro dos automóveis é mais poluído do que do lado de fora, mesmo com uso do ar condicionado, como já demonstraram diversos testes realizados pela CETESB e pelo Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP. E o ciclista ainda pode (e deve) evitar as grandes avenidas, onde há maior concentração de carros e de poluição, optando por ruas mais tranquilas, agradáveis e com menos fumaça de escapamento. 

Sensação de liberdade 

Não se atrasar para chegar ao trabalho por conta do trânsito, poder sair no horário sem ter que esperar a maré de carros baixar, passar pelas filas de carros parados e não se sentir imobilizado no trânsito, ter 360º de visão, poder olhar o chão e o céu, notar a arquitetura das casas, pessoas, cenários, cheiros, sons, árvores e pássaros, conversar com as pessoas na rua, sentir o sol na pele, o vento no rosto... São sensações incomparáveis, uma cidade que a maioria das pessoas já esqueceu há tempos e que só quem está de bicicleta percebe, sente, vive. Quer entender melhor? Dê uma chance a si mesmo e tente! 

Congestionamentos

Cada pessoa que passa a se deslocar de bicicleta em substituição ao carro ajuda a diminuir os congestionamentos. A bicicleta ocupa menos espaço nas ruas e não fica engarrafada: os ciclistas escorrem pelos congestionamentos como a água nas frestas de uma rocha. Quando o trânsito para, a bicicleta flui, liberando o espaço que estava ocupando. Ela pode ser mais lenta que um automóvel ou uma moto em termos de velocidade final, mas transita continuamente e não congestiona. E quando o ciclista para em algum lugar, ele libera a via para que os outros veículos continuem passando. Deslocar-se de bicicleta é fazer um uso mais cidadão do espaço público e contribuir para termos vias menos congestionadas. Andar de bicicleta não melhora apenas a sua vida. Melhora sua cidade também. 
Trânsito caótico de carros em São Paulo
Trânsito tranquilo de bicicletas na China
Mortes no trânsito

Não é só o excesso de velocidade ou o uso de álcool que causam acidentes no trânsito. O excesso de carros nas ruas também é responsável indireto pelas várias mortes diárias no trânsito das grandes cidades brasileiras. Na cidade de São Paulo, morre uma pessoa por dia por atropelamento. Andar de bicicleta é contribuir para um trânsito mais humano, menos violento e com menos mortes.

A necessidade de melhora na qualidade do ar

Todos os veículos com motor, exceto os 100% elétricos, liberam diversos gases poluidores pelo escapamento para se mover, ou mesmo para ficarem parados em um congestionamento. Se o ar condicionado estiver ligado então, a poluição é ainda maior. Esses gases são responsáveis pela morte de dezenas de pessoas todos os dias, por problemas respiratórios ou cardíacos. Ajudam a causar aquela ardência nos olhos ou aquela tosse que você não sabe de onde vem, enfraquecem seu sistema respiratório e permitem que outras doenças se instalem.
Pedalar é contribuir para a melhoria do ar que todos nós respiramos - inclusive você, seus filhos, sua família!


Fonte: www.caloi.com.br


ALTERNATIVA PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA

 

No Brasil, a bicicleta é usada por grupos sociais diversos, movidos por diferentes objetivos de deslocamento. Pessoas com poder aquisitivo menor costumam usar a magrela para deslocamentos ao trabalho, enquanto o outro extremo utiliza a bicicleta para lazer. O uso deste equipamento como forma regular de transporte para deslocamentos pendulares ao trabalho ou à escola, no entanto, ainda é raro.
O brasileiro precisa desassociar a idéia de que andar de bicicleta é coisa de pobre, ou quem não tem dinheiro para comprar um carro. Bicicleta é opção! Opte por ela também.
Curitibano indo trabalhar de bicicleta

Na Europa existe já uma tradição de uso da bicicleta como forma regular de transporte. Em algumas cidades da Holanda a participação da magrela nesse sentido chega a 48%. Contribuiu para isto a implementação de políticas para priorizar o tráfego não motorizado, incluindo a introdução de redes cicloviárias, estacionamentos seguros para ciclistas, restrição ou cobrança de estacionamentos para automóveis particulares, programas educativos e de direção defensiva e cursos para capacitação de ciclistas. Em cidades onde a presença da bicicleta é significativa, o número de acidentes não é necessariamente mais elevado, já que os motoristas estão mais acostumados à presença do ciclista nas ruas.  

EXEMPLOS PELO MUNDO

Japão - O trânsito que irrita todo mundo e ainda agride o meio ambiente parece que provocou uma reação em cadeia, no Japão. Em Tóquio, bicicleta combina muito bem com terno, gravata e salto alto. A moda no Japão é a bicicleta elétrica. Ela tem um motor que diminui o trabalho do ciclista. E agora há um modelo ainda mais ecológico, usa energia SOLAR, a bateria da bicicleta solar dura 30 km e são necessárias três horas pra carregar.
Aluguel de bicicletas no Japão: executivo indo trabalhar
França – utiliza um programa que se tornou sucesso em toda a Europa , o O Velib’ que é um serviço de Paris para facilitar os trajetos de bicicleta dentro da cidade e agora já expandiu em varias cidades do país . As bicicletas são oferecidas em 1450 pontos da capital francesa. O ciclista paga um euro pela primeira meia hora e depois o valor aumenta. Milhares de bicicletas circulam diariamente por quase 400 quilômetros de ciclovias disponíveis em Paris, mesmo que a cidade seja uma das mais bem servidas de metrô do mundo.
Em Paris é muito fácil e barato alugar uma bicicleta

Suíça - as pessoas tornam-se mais conscientes de que este veículo de duas rodas é alternativa muito interessante ao transporte público ou como seu complemento por ser rápido, prático, saudável e não poluente. Os suíços são apaixonados pela bicicleta como prática esportiva. O país tem a maior rede ferroviária do mundo e os trens dispõem de bagageiros especiais para transporte do veículo - a bicicleta é um trunfo no transporte alternativo. Na Suíça (7,5 milhões de habitantes) há 4 milhões de bicicletas.
Transporte de bicicletas nos trens suíços

            Londres – com uma população de 8 milhões de habitantes, e por razões de segurança, depois dos últimos graves atentados terroristas, e também para evitar a congestion charge (pedágio urbano introduzido em fevereiro de 2003), motoristas e não motoristas optaram pelo veículo de 2 rodas.
Aluguel de bicicletas em Londres
A Holanda possui 34 mil quilômetros de ciclovias. O país tem 16,2 milhões de habitantes e quase 16,2 milhões de bicicletas, e também cerca de 29.000 km de ciclovias, dos quais uma parte é destinada especificamente ao lazer. É considerado o país das bicicletas.
 Em Copenhague, na Dinamarca, 37% da população utiliza a bicicleta para ir ao trabalho. 
Cena comum em Copenhague: pais carregando os filhos na bicicleta

Nova York, ganhou mais de 400 km de ciclovias nos quatro últimos anos.  Foi no Brooklyn, que a primeira ciclovia dos EUA tomou forma, em 1894.
Em Nova Iorque pedalar também é questão de estilo

  Bogotá é a única cidade sul-americana que está entre as cidades mundiais que contam com um bom número de ciclovias: implantou 340 quilômetros nos últimos sete anos.
Ciclovia lotada na capital colombiana
           Na China existem aproximadamente 540 milhões de bicicletas em uso. A opção da bicicleta como meio de transporte é muito popular.
Os chineses também usam a bicicleta para o transporte de pessoas


AS CICLOVIAS

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de bicicletas e deverá fechar o ano de 2008 com uma produção de 5,6 milhões de unidades, estando atrás apenas da China e da Índia. A idéia de se adotar bicicletas como meio de locomoção está amadurecendo e o país investe em vias exclusivas (ciclovias) para essa modalidade de transporte.
Apesar da falta de ciclovias, o uso da bicicleta como meio de transporte não é insignificante no Brasil. De acordo com levantamento feito em 2005 pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 7,4% dos deslocamentos em área urbana são feitos de bicicleta, num total de 15 milhões de viagens diárias no país. As viagens, inclusive, já não estão mais concentradas nas pequenas e médias cidades do interior, mas também nas grandes metrópoles.

Várias capitais brasileiras já contam com projetos de ciclovias, como São Paulo, que pretende implantar aproximadamente 900 quilômetros de pistas para bicicletas até 2018. A prefeitura de Rio de Janeiro pretende construir uma malha equivalente à capital paulista. Porto Alegre prevê a construção de ciclovias em 495 quilômetros de ruas e avenidas da capital gaúcha. Belo Horizonte discute projetos para seis ciclovias, que irão dobrar para 40 quilômetros as já existentes na cidade. Vitória e Brasília também já possuem projetos de construção de ciclovias.

O Brasil possui, atualmente, 60 milhões de bicicletas, sendo que 53% delas são utilizadas como transporte, para ir e voltar do trabalho ou da escola. Em 2008, pouco mais de 2,5 mil quilômetros de ciclovias encontravam-se distribuídos por 279 cidades. As cidades do Rio de Janeiro (com 160 quilômetros) e Curitiba (com 122 quilômetros) são as mais bem servidas por ciclovias. No caso de São Paulo, a cidade possui apenas 23,5 quilômetros dessa via exclusiva. 

 De qualquer forma, existem inúmeras maneiras de adequar os espaços urbanos ao uso de bicicletas. Além disso, a construção de espaços para pedestres e ciclistas não pressupõe rios de dinheiro, como os que são consumidos pelo automóvel.

Na verdade, organizar o espaço público para receber um expressivo número de ciclistas é uma medida ligada ao chamado traffic calming, um conceito que se espalha pelo mundo - na tradução literal, "acalmar o trânsito", ou seja, no caso dos ciclistas, reduzir a velocidade e o poder letal dos automóveis, para que todos possam circular pelas cidades com segurança e sem poluir o planeta. O incentivo às ciclovias pode tirar das ruas uma boa quantidade de carros - vale lembrar que mais de 14% das emissões de dióxido de carbono no planeta vêm do setor de transporte, e a bicicleta é um veículo que não polui.

MOVIMENTOS OPOSTOS  

 A tendência vigente é privilegiar o carro, como bem maior de consumo, todos nós sonhamos em ter um, mais a verdade e que ele esta abarrotando nossas ruas e cada vez mais poluindo o ambiente que vivemos, essa é a verdade nua e crua a qual não queremos nos ater. 

Em países mais desenvolvidos industrialmente nota-se um fenômeno contrário, com uma maior opção pela bicicleta, o que representa "uma maneira de superar os problemas ambientais no plano urbano e, acessoriamente, um meio de transporte muito sadio". Assim, a imagem que ela carregava de "primo pobre" está desmoronando. Sinal de que as mentalidades evoluem. 

 Muitas coisas precisam melhorar em relação a nós ciclistas. O Governo tem que incentivar programas alternativos de transporte, como fez o Governo da França. Não há ciclovias na maior parte das cidades brasileiras. No Código Brasileiro de Trânsito, o ciclista existe, mas sabemos que os motoristas brasileiros não nos respeitam. São essas algumas das razões que ainda tornam difícil o uso da bicicleta como meio de transporte em nosso país.

Fontes: www.pedalamaringa.com.br
             UOL Educação
             Folha de S. Paulo 

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